Como a mentalidade certa transforma resultados!
Já se perguntou alguma vez por que algumas fazendas obtêm excelentes resultados e acabam prosperando ao longo dos anos, enquanto outras permanecem por longos períodos com resultados medíocres e insustentáveis até a sua extinção?
Pois bem, existem inúmeros fatores que influenciam esses dois caminhos. Um dos principais é a mentalidade, e esta poderá ser uma reflexão importante para quem estiver lendo, um possível divisor de águas para o futuro do seu negócio agropecuário.
O âmbito da psicologia pode nos revelar muitas coisas sobre o futuro de pessoas e negócios, tratando de forma muito clara o fator mentalidade. Estudos mostram fortemente que existem dois principais tipos de mentalidade: a mentalidade fixa (MF) e a mentalidade decrescimento (MC).
Enquanto uma traz pensamentos estáticos de conformismo, resistência a inovações e limitação de crescimento, a outra busca condições de melhora constante, utilizando desafios como oportunidades para evoluir, sendo inquieta para abrir novas portas, aprimorar habilidades e melhorar a eficiência dos seus negócios.
Com o avanço dos anos, a atividade pecuária tem diminuído suas margens de lucro, exigindo cada vez mais uma melhor eficiência de gestão e liderança nas fazendas, atribuição de controles, processos, capacitação de equipe e estabelecimento de metas e objetivos a serem cumpridos. É fato que a mentalidade da fazenda parte da cabeça do seu gestor. Se o responsável pela operação for detentor de uma mentalidade fixa, escassa e involutiva, este negócio está fadado ao fracasso ao longo dos anos, entregando resultados insustentáveis para sua manutenção e sobrevivência.
Exemplos claros de uma gestão MF são o não entendimento da atividade como um negócio, a falta de capacitação e melhora da equipe de colaboradores, a resistência a novas tecnologias e alternativas do setor (como uma simples balança digital de pesagem ou utilização de cercas elétricas), a ausência de um sistema de produção definido, a gestão baseada no “achismo” e não em números e indicadores, e a constância de atribuição de culpa, em anos de fracasso, a fatores externos que não pertencem ao domínio próprio, como a política ou o mercado.
Em contrapartida, uma gestão baseada em uma MC está diariamente buscando formas de evoluir, melhorando seus processos e sua eficiência produtiva e financeira, capacitando a equipe e ofertando boas condições de trabalho, causando engajamento e motivação dos envolvidos, atribuindo tecnologias como forma de facilitação da mão de obra e melhora da utilização do tempo.
Um exemplo básico e prático de um líder MC é controlar as mortalidades da sua fazenda, entendendo as categorias e as causas de morte por animal, objetivando, em um próximo ano, capacitar a equipe ou melhorar estruturas e manejos para perder menos animais.
Podemos citar como outro exemplo o entendimento dos desembolsos da fazenda, o domínio sobre o custo do seu quilo produzido, sobre a porcentagem do desembolso ligada a rubricas produtivas diretas (suplementação, pastagens, sanidade etc.), o que nos mostra se o desembolso está sendo eficiente em relação à produtividade.
É de certeza e concordância geral que as empresas agropecuárias que têm seu líder engajado ao crescimento colherão a cada ciclo um pouco mais, produzirão a cada safra mais quilos de peso vivo e buscarão a cada ano uma rentabilidade melhor.
A transição de uma MF para uma MC é um processo gradual e de autoconhecimento, onde só será possível se o líder estiver disposto a mudar, entender suas crenças limitantes, entender os motivos pelos quais a mudança gera desconforto e medo de agir, começar a aceitar que os possíveis fracassos das tentativas de transformação servirão como aprendizado para a sequência do caminho, se encorajar para buscar novos desafios tendo como base a melhora constante pessoal e profissional, levando um negócio que está estagnado em produtividade e rentabilidade, ou que muitas vezes tem resultados desconhecidos, a um negócio próspero de engajamento, motivação, atingimento de metas e crescimento constante.
Essa é a mentalidade certa. A mentalidade do crescimento. Que garante a sustentabilidade dosnegócios. A mentalidade que transforma resultados.
Revista PecuariaSul - Edição 25